Pneumonia
Até a troca entre o ar que mora dentro do seu pulmão e o ar que vem de fora parar de continuar sendo feita de forma invisívivel, automática e contínua você ignora o desespero do intermitente, do descontínuo, intervalado, e escasso ar que você descobre que não circula por mágica nesse dentro-fora mas por uma orquestração dessa máquina perfeita chamada corpo que na pneumonia logo te lembra a angustia do não saber qual será o próximo milésimo de segundo imediato em que uma ínfima amostra de oxigênio vai preencher seu pulmão novamente e te ensinar que o maior efeito colateral da pneunomia é ter que desaprender (na marra) a respirar no automático.