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Bandido bom é bandido morto!

Aprenda a reconhecer os  “Sinais suspeitos” Geralmente usam óculos para passar um ar de seriedade  (ou simular uma certa intelectualidade (que geralmente não têm) cabelo bem penteado no gel  Reluzindo brilho junto ao sapato que pareceu lustrado pelos serviçais da rainha da Inglaterra (No caso dos calvos, carequinha bem aparada, acompanhando o bigode ou a barba bem feita também, “estilo” bem comum) Alguém bem que poderia fazer um estudo antropológico sobre preferencias estéticas desse perfil psicológico Maleta de 007 na mão  E o terno e a gravata pareando com o cinto e/ou sapato Cor de pele branca (no máximo pouco bronzeada)  Ou meio amarelada pela falta de sol Decorrente do pouco tempo e disponibilidade Para estar em meio a natureza sagrada Preferem o profano vivido  Entre quatro paredes  recheado da ilusão do luxo, do poder  e da gloria Status, autoridade e superioridade (É domínio do ego que chama?) Bem ao gosto do  Subterrâneo, Geralm...

Pneumonia

Até a troca entre o ar que mora dentro do seu pulmão e o ar que vem de fora parar de continuar sendo feita de forma invisívivel, automática e contínua você ignora o desespero do intermitente, do descontínuo, intervalado, e escasso ar que você descobre que não circula por mágica nesse dentro-fora mas por uma orquestração dessa máquina perfeita chamada corpo que na pneumonia logo te lembra a angustia do não saber qual será o próximo milésimo de segundo imediato em que uma ínfima amostra de oxigênio vai preencher seu pulmão novamente e te ensinar que o maior efeito colateral da pneunomia é ter que desaprender (na marra) a respirar no automático.

Alidi e os mensageiros do ar

Hoje enquanto eu assistia o show da Alidi me senti uma pessoa sozinha carregadamente acompanhada de mensageiros do ar eles sussurravam, insistentemente, sem pausa, na minha mente: que foda, que voz, que letra, que melodia, que ausencia de esforço pra cantar, que timbre, que transição de tons, que paixão, que pacote completo, que função social esse discurso, que aula de elaboração das dores do amor e entrega através da arte, que confirmação da fragilidade como a maior demonstração de força… ufa! (Suspeitei que é assim que funciona a cabeça da minha mulher, pelos relatos dela) Que deus bendiga a palavra cantada que atravessa o peito e toca a alma E que engrossa o caldo da família do “L”, egrégora de responsa: Lenine, Liniker, Luedji Luna… e agora A Lidi: do Goiás para o mundo! Que deus bendiga as pessoas que brilham por um só motivo: estarem no único lugar que elas poderiam estar.

Expresso Compostela-Goiás

Caminho e revivo passos dados outrora com a diferença que a pessoa que deu aqueles passos já não existe (tampouco se ela desse os mesmos passos em Santiago, mesma rota, mesmo rumo) O lugar também já deu seus passos (agora tem bifurcações, atalhos e estradas alternativas) as rotas já foram atualizados (Ou talvez dariam no mesmo lugar, só voltando lá pra checar) Nas minhas células: a memória cravou a unha nos pelos que arrepiam agora em Goiás, 1 ano e 4 meses depois, ao ouvir a trilha sonora daqueles mesmos passos, daquele tempo Embora eu esteja fadada a voltar no mesmo lugar da ilha de edição da minha mente e viver tudo de novo como se fosse a primeira vez

Conclave

Nunca pensei que menos de dois meses depois do sucesso do filme Conclave receberia a triste notícia da morte do papa Francisco e assistiria a um conclave com tal interesse a ponto de perder horas escutando a globo news debatendo fumaça preta e fumaça branca (Foda-se a poluição de Roma no ano em que Francisco, antes de partir, fez súplicas de misericórdia pelo meio ambiente): Em nome da tradição secular, ignoremos a qualidade do ar! Não seria o espírito santo o legítimo responsável pela escolha do designado por Deus?, perguntaria o possuído pela fé cega. Não!, responderia o fiel da ala realista e moderada: ele apenas vem confirmar que a escolha dos homens pelos homens está abençoada (assim na terra, como no céu!) afinal, nem tudo que está escrito acontece; mas tudo que acontece, está escrito complementaria o místico é amanhã: dá pra acreditar? logo eu, que enchia a boca pra afirmar: “mas quem liga para a opinião do Papa?” em tempos de polarizações políticas muito mais terrenais do que c...

Minhas cartas

Ai que saudade de quando eu esperava  pacientemente o carteiro Passar pra checar se tinha alguma “Destinatária: Daniela” e ver o tempo parar  na magia do presente que  se fazia eterno enquanto eu via em tempo real o passado virar presente e conseguia medir o futuro imaginando quanto tempo demoraria pra minha resposta chegar nas mãos de quem naquele momento eu lia Nessa época a gente conseguia parar E existia magia imaginação espera… Passado, presente e futuro  Ainda eram coisas separados E ainda existia carteiro Hoje é só entregador Até com a chegada do robô Não existir mais nada

In memorian

O mensageiro do rei A pomba-correio  A cegonha  O Zazu do Rei Leão O cavalo de fogo que voava nos ares em meio aos arco-iris… Ainda habitam meus sonhos infantis dos desenhos animados que eu via Nos “sábados animados” do SBT E eventualmente também nas segundas, terças, quartas, quintas e sextas não tão animadas, mas na falta de algo melhor…  Em que paradeiro meus ídolos de menina Pousaram e amarelaram no tempo? Hoje, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (O que é esse último mesmo?) Vulgo ECT - eu sempre lia ETC e nunca entendia o porquê Virou empregada privada dos e-commerces (Só esqueceu de atualizar o nome!) Aliás, toda velocidade é pouco: Enquanto os serviços públicos brincam de  Zootopia (quem não assistiu, assista!) Mercado Livre (ou ML, para os íntimos) e Amazon Institucionalizam os escravos da modernidade: Tecnologia de Zazu com exigência de Tesla: Na sociedade do desempenho Não basta o “quem dá mais”: É preciso que dê pra ontem! E assim a banda segue...