Prazer, eu, produto!
Sapato, carteira, bolsa, blusa vegana
Feita com trabalho semi-escravo fruto do des-envolvimento suntentável
Cadê o envolvimento que estava aqui?
O capitalismo comeu!
(Sustentabilidade sem humano? Tsc, tsc, tsc!)
Será que eu escrevo ou deixo a trend contar?
(Deixemos o algoritmo trabalhar!)
Viva a tendência que dita, cega e faz tua alma automatizar
Ficar até a onda me devorar ou filmar?
Porque o vídeo do século vale mais do que minha vida rolando abismo abaixo em um tempo menor do que gasto com o vídeo
Mas como já diria o governo de Goiás: os transtornos passam, os benefícios ficam!
Cadeira de praia, franja (também vegana) sandalinha de jesus, tênis sujo e rasgado, livro de esquerdista alternas (de preferência drogado) ou intelectual desconhecido na mão:
Prazer, sr/sra/sre. humildade, ao seu dispor!
Um pouco de estética da miséria não faz mal, não senhor!
Romantizemos a margem, por favor!
Hipster, ayahuasqueiro, maculelê, evangélico; macumbeira, patricinha, recatada, do lar, playboy, caipira ou esquerdomacho:
de que importa o nome que se dá ao invólucro que protege o conteúdo?
(Toc, toc, toc! Tem algo aí dentro dessa casca oca?)
Prestígio?
Já diria um conhecido há um par de décadas: É chocolate!
E a minha vó complementaria: “por fora bela viola; por dentro, pão bolorento!”.
Che Guevara na camiseta, lema de vida no boné, jacarezinho estampado no peito e símbolo da Vans no pé!
(Onde me perdi de mim
ou que esquina me sequestraram?)
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